22 – QUARTA-FEIRA
2ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor do vosso nome, ó Altíssimo (Sl 65,4).

Cristo, escolhido por Deus como sacerdote para sempre, ensina-nos que o bem não deve sofrer restrição de tempo e lugar, e que as leis humanas e religiosas devem ser humanizadoras. Em torno da mesa da Palavra e da Eucaristia, celebremos a vida, a qual Jesus coloca em primeiro lugar.

Primeira Leitura: Hebreus 7,1-3.15-17

Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos, 1Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote de Deus altíssimo, saiu ao encontro de Abraão, quando este regressava do combate contra os reis, e o abençoou. 2Foi a ele que Abraão entregou o dízimo de tudo. E o seu nome significa, em primeiro lugar, “Rei de Justiça”; e, depois, “Rei de Salém”, o que quer dizer “Rei da Paz”. 3Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem início de dias nem fim de vida! É assim que ele se assemelha ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre. 15Isso se torna ainda mais evidente quando surge um outro sacerdote, semelhante a Melquisedeque, 16não em virtude de uma prescrição de ordem carnal, mas segundo a força de uma vida imperecível. 17Pois diz o testemunho: “Tu és sacerdote para sempre na ordem de Melquisedeque”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 109(110)

Tu és sacerdote eternamente / segundo a ordem do rei Melquisedeque!

1. Palavra do Senhor ao meu Senhor: / ”Assenta-te ao lado meu direito / até que eu ponha os inimigos teus / como escabelo por debaixo de teus pés!” – R.

2. O Senhor estenderá desde Sião † vosso cetro de poder, pois ele diz: / “Domina com vigor teus inimigos. – R.

3. Tu és príncipe desde o dia em que nasceste; † na glória e esplendor da santidade, / como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” – R.

4. Jurou o Senhor e manterá sua palavra: † “Tu és sacerdote eternamente, / segundo a ordem do rei Melquisedeque!” – R.

Evangelho: Marcos 3,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus pregava a Boa-nova, o Reino anunciando, / e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração, e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu, e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo. – Palavra da salvação.

Reflexão:

A exemplo do Evangelho que meditamos ontem, hoje continua a discussão sobre o que se pode ou não fazer em dia de sábado. A sinagoga era o espaço onde se ensinava a Lei de Deus e se faziam orações. Jesus interrompe o costumeiro rito e coloca no centro o homem da mão paralisada, simbolizando todo o povo oprimido e marginalizado. Jesus, que veio para restabelecer a vida a toda a humanidade, não viola as prescrições do sábado, mas aproveita a oportunidade para demonstrar como a Palavra criadora de Deus é eficaz para a salvação. São os mais escrupulosos em relação à Lei que acabam por violá-la, procurando formas de complô para matar Jesus. Este episódio nos ensina que o cristão não pode fazer das leis princípios de morte. Ao contrário, deve ser promotor da vida em todos os tempos e lugares. Se não agirmos assim, Jesus lançará também sobre nós “um olhar de indignação e tristeza”.

(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)

Fonte: Paulus