OBRIGADO, MÃE, porque você assumiu o amor — bem sabendo que amar é sofrer, enfrentar longas vigílias de solidão e espera, passar noites em branco à cabeceira dos familiares doentes, lutar pelo pão de cada dia…
Obrigado por acolher com dedicação o anúncio da vida que acabava de germinar em você — bem sabendo que uma nova vida é um fardo pesado de carregar, que antes de ser motivo de alegria é motivo de sofrimento.
Obrigado pela sua coragem em dar à luz um novo filho — bem sabendo que o fruto de seu ventre não pertence a você; para você haverá uma espada de dor a lhe atravessar o coração toda vez que ele sofrer ou for humilhado. A vida que você gera vem de Deus; e tudo que vem de Deus, a todos pertence.
Obrigado porque você aceitou formar uma família — bem sabendo que a família, hoje, é um barco à revelia do materialismo, da corrupção, da libertinagem e de mil outros inimigos, de tocaia para des¬truí-la. E você está dando o sangue para mantê-la de pé.
Obrigado porque você aceitou -ser mãe — bem sabendo que ser mãe não é apenas comunicar a vida física, como também a vida da fé. E você nos ensinou a levantar a cabeça e olhar para o céu, de onde vem a nossa esperança.
Obrigado! Obrigado!
Você viverá sempre no coração de cada um de nós, para nos recordar que só o amor pode renovar a face da terra.
E quando mais forte se tornar a tentação de odiar e de tirar vingança, olhando para seu rosto descobriremos o rosto do Crucificado. Então, guardaremos nossas armas e começaremos a cultivar pensamentos de paz e de perdão.
Pe. Virgilio, ssp